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quarta-feira, março 22, 2006

ENQUANTO HOUVER LUA E SOL


Enquanto Houver Lua e Sol
(Publicado no Jornal Vanguarda em 21 de outubro de 1984)

A gente nasce, cresce no tamanho e estaciona. Por dentro, a cada dia, observamos que continuamos a crescer. Passamos da infância para a adolescência e desta para maturidade e, quando chegamos à maturidade percebemos que somos tremendamente infantis, adotando, às vezes, comportamentos tão bobos, que nem na infância ou adolescência chegamos a assumi-los.

De repente, nos vemos velhos por fora e por dentro estamos apenas engatinhando. É UM CHOQUE! – Muitos começam a freqüentar academias de ginásticas, pintar os cabelos, tirar as rugas daqui e dali juntar-se a rodinhas de boy´s e cocotas. Andar de bicicletas, motos e nos pisantes, um tênis. Na cabeça de ralos cabelos, OS SONHOS. No estômago porções para rejuvenescimento, afrodisíacos, iogurtes e má digestão. Nos gestos, a esperança vã dos dias voltarem.

Já para outros, este estágio serve, para aprimoramento do seu EU mais profundo. È um despertar consciente e adulto da necessidade de se colocar a vida no lugar e isto, se o tempo for suficiente e favorável...

Bom mesmo é quando este despertar ocorre cedo. As probabilidades de chances para um crescimento espiritual, capaz de lhe colocar acima dos píncaros do mundo, são maiores. É quando você pensa em DEUS e sente o quanto sua bagagem é pobre para a “viagem” que você tem que fazer, e lamenta as oportunidades perdidas. Procurar Padre? Pastor? Espíritas? Analistas? NÃO. Procurar você mesmo e tentar se encontrar.

Garanto que não é nada fácil; é mais difícil do que se pensa e o pior é que às vezes vem o desespero, a agonia e o medo de que sua bagagem não tenha absolutamente nada para oferecer em retribuição a Quem lhe deu o maior presente: A VIDA.