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sábado, maio 24, 2008

ALMA DE POETA



ALMA DE POETA
De: Ysolda Cabral



Alma de poeta
Não é uma alma qualquer
É uma alma que sofre
Mesmo quando ama
E quando amada ela é.


Amigo poeta
Nem sei o que lhe dizer
Pois minha alma também sofre
Por não entender
Que agonia é essa
Que tanto faz doer...

E não entendendo nada
Com vontade e sem razão, cria regras,
Abdicando do desejo sem vacilação
Para viver de efêmeras quimeras
Mesmo que não tivesse corpo
Onde batesse um coração.


Ah! Meu amigo poeta
Que alma é essa que não sabe
Ter integridade e harmonia
Se, na sua loucura ou sabedoria,
Tudo está relacionado
Ao amor legítimo que sente?!

Quem, em sã consciência,
Uma alma dessas almejaria?
Um louco qualquer
Um vagabundo
Em qual mundo?
E que mundo uma alma assim
Condenaria?