Seguidores

segunda-feira, setembro 28, 2009

POEMA DEDICADO

NA SUA ALMA
De: Ysolda Cabral


Esse amor que me alucina,
E que me levanta cedinho ,
Sempre me deixa mais bonita.

Porém se amanhece chovendo...
Quero anoitecer na cama,
Sonhando que você está comigo,
Me fazendo um monte de carinho...

Se o dia amanhece ensolarado...
Peço aos lindos raios de sol,
Que lhe deixem mais iluminado,
Sentindo saudades minhas.

Ah! Esse amor que sinto agora...
Só não me mata de saudades,
Porque sei que estou na sua alma.

**********

O livro " Apenas Poesia" estará na 7ª Bienal do Livro Internacional
de Pernambuco.
Local: Centro de Convenções - Olinda/PE
Perído: 02 a 12.10.2009

**********
Publicado no Recanto das Letras em 28/09/2009
Código do texto: T1836383

domingo, setembro 27, 2009

APENAS UM MOMENTO




APENAS UM MOMENTO
De: Ysolda Cabral


Envelhecer é danado de ruim
Pelo desencontro que há
De você de lá de dentro
Com você aqui de fora

E isso não demora
E nem tem hora
Para acontecer...

E nesse desencontro
Inevitável e definido
Eu comigo e você consigo
Só há uma coisa a fazer:

Esperar a morte sem ais
Sem lamento e sem tormento
No TALVEZ dum lindo cais...

Só então saberemos
A razão deste momento.


**********

EU QUERO VER
De: Ysolda Cabral


Tempo passado...
Tudo resolvido, efetivado,
Nada pode ser mudado.
A vida não brinca minha amiga...

Fique ligada...!

A tristeza é profunda,
A lágrima lava a cara,
Mais não limpa – ô desgraça!
A vida é mesmo danada!

Não fique parada...!

A saudade incomoda,
Trás dor e desencanto...
E você no labirinto,
Iludida e alquebrada.

A vida arrebenta minha amiga...
- Fique gelada!

Nada há pra fazer,
Esperar o último ato,
Para saber como vai ser;
Há de se querer...

E, mais nada irá acontecer?!...


**********

SIGO
De: Ysolda Cabral


Igual ao tic-tac do relógio
Vejo o pequeno cursor
Em movimento ritmado
Sobre o branco da tela
Do meu velho computador

Vai piscando e piscando
Fazendo-me lembrar coisas boas
Também tristes e até medonhas...

Pairo no ar...
E do infinito de minha insignificância...
Sinto-me quase santa

Não me perturba mais onde estive,
Onde estou e pra onde vou
Nem a inspiração que desaparece
Amedronta ou entristece...

Entretanto, meu coração chora,
E é a lágrima que prova
Escorrendo sem pudor
Lavando a esperança da alma

Não tenho "lenço"
Não tenho objetivos
E em desencontro comigo
SIGO mesmo que perdida
Pelos labirintos da vida.

**********


O livro " Apenas Poesia" estará na
7ª Bienal do Livro Internacional de PE
Período: 02 a 12.10.2009
Local: Centro de Convenções - Olinda-PE.

**********

Nossa, estava mesmo com saudades de escrever abobrinhas! :):):)



sábado, setembro 26, 2009

QUATRO CÍRCULOS



QUATRO CÍRCULOS
De: Ysolda Cabral


No meio da encruzilhada
Quatro direções inusitadas
Tantos destinos mutilados
Quimeras destroçadas

No meio da encruzilhada
Quatro circos, quatro círculos
Atropelados, atrapalhados
Bailarinos perdem o ritmo

No meio da encruzilhada
Quatro gotas de orvalho
Quatro trapos assustados

No meio da encruzilhada
Sonhos desfeitos e expostos
Pela morte anunciada...


**********

O livro " Apenas Poesia" estará na 7ª Bienal do Livro Internacional de Pernambuco.
Período: 02 a 12.10.2009
Local: Centro de Convenções - Olinda-PE.

sexta-feira, setembro 18, 2009

A FORÇA DO AMOR



A FORÇA DO AMOR
De: Ysolda Cabral


Na minha frente o lilás da acácia,
Tremula ao vento da manhã clara.
Ela passa, eu sigo em frente.
A tristeza invade a minha alma.

Sorrio sentindo a lágrima,
E o amor que está em mim,
Com sua força me abraça...

Chama minha atenção,
Para as lindas garças,
Que sobrevoam o mar,
Com beleza e muita graça.

Olho para elas e vejo o azul do céu...
Nuvens brancas - carneirinhos no pasto.
Fico a espera ... Do último ato.

**********

Ysolda Cabral
Publicado no Recanto das Letras em 18/09/2009
Código do texto: T1817275

quinta-feira, setembro 17, 2009

ÁGUA DE GELO





ÁGUA DE GELO


Jantar a luz de velas
Rosas vermelhas e belas
Balde com água e champanhe
Morango e vestido longo
Lua cheia no Céu escuro e profundo
Numa noite fria e sem calma
No quadro; a solidão é moldura...


**********


O livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido, ou através do meu contato aqui no RL.

PS. Leia a resenha, sobre o livro, escrita pelo escritor Lúcio Alves de Barros, em sua respectiva escrivaninha.http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=30399


**********

quarta-feira, setembro 16, 2009

CASO DE INVESTIGAÇÃO


CASO DE INVESTIGAÇÃO
De: Ysolda Cabral



A minha “filha substituta”, Juliana Cavalcanti, aniversariou no último dia 12 do corrente – sábado. Na 2ª. Feira, a chefe da Divisão Jurídica do órgão, aonde trabalhamos, providenciou um delicioso bolo de chocolate, em homenagem a aniversariante. Muito boa a “farrinha” que fizemos no final do expediente e tudo regado a coca zero pra ninguém ficar com remorso. Afinal, todas precisam ter cuidado para não engordar, menos eu!! Sou esbelta e saradona – minha médica disse que só preciso perder uns 10 kg! E isso é nada!! (Rsrs)

Muito bem, ontem, 3ª. Feira, uma de nossas colegas, a qual tem mais mania de limpeza e arrumação que eu, deu de cara com um pequeno pedaço de bolo morto e acabado no chão. Ficou tão indignada que se engasgou com a água que bebia e que trás de casa por garantia. E aí começou a investigação.

O chefe da limpeza foi imediatamente convocado. Solícito e preocupado chegou munido de seu subordinado, o qual trazia uma enorme vassoura, um balde com água e sabão, uns quatro ou cinco panos de chão e começaram a discutir por onde e de que maneira começariam a limpeza em questão.

Antes, porém, acharam melhor investigar o motivo do pedacinho do bolo “jazer” ali esmagado. – Que maldade!!! Olharam para ele, com certa dó e com muita atenção. Foram pra lá e foram pra cá... Espiaram, balançaram a cabeça e só então o “chefe” me inquiriu com firmeza:” Dona Ysolda, a senhora poderia esclarecer a razão dessa situação?” - Como a queixosa já tinha saído para almoçar e eu estava sozinha, fiquei com receio de responder alguma coisa errada e que incriminasse, não só a ela mais a todas nós. Lembrei que sou muito verdinha nas “coisas” do Direito, só estou no 2º período! Convinha ter cautela, muita cautela...

Imediatamente percebi a necessidade de uma ação rápida e eficiente para ganhar tempo e desviar sua atenção do pedaço de bolo o qual, há 24 horas, estava mortinho da sil-v-a-vá, por esmagamento e em uma Divisão Jurídica... Lembrei que o apoio do teclado e do mouse da mesa da nossa Chefe precisava de uma limpeza urgente e corri pra lá. Os dois mais que depressa foram no meu encalço. Quando mostrei o “grude” que ali se encontrava há um tempo difícil de determinar; pararam, analisaram, olharam bem e só então o” chefe” falou:” Isso não é grude, Dona Ysolda! É a madeira que está descascando.” Eu, me controlando para não me comprometer, com a unha raspei e depositei uma pequena amostra em sua mão comentando:” que madeira macia, meu Deus!” A partir daí, aproveitei o embaraço deles e fugi da investigação.

Quando retornei, de mãos limpas e asseadas, o “defunto” havia sido removido e todas as provas retiradas do local.

**********
Publicado no Recanto das Letras em 16/09/2009
Código do texto: T1813937
**********

O livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido, ou através do e-mail ysoldacabral@hotmail.com
PS. Leia a resenha, sobre o livro, escrita pelo escritor Lúcio Alves de Barros, abaixo ou em sua página no Recanto das Letras. Link abaixo:

terça-feira, setembro 15, 2009

JULIANA CAVACANTI - UM AMOR DE MENINA


JULIANA CAVALCANTI - UM AMOR DE MENINA
De: Ysolda Cabral


Ela me pergunta:
Ysolda, e esses três pontinhos
No final do verso?!

Caio na risada e respondo:

Ô bonequinha, é reticência!!!

Leia a poesia, sinta o sentimento,
Que seu coração completará o pensamento,
O qual, por pudor, ou amor ao mistério,
Não conto no verso.

Ela, linda, vermelha que nem pimentão,
Ri com sorriso ainda de menina,
E continua a ler a poesia,
Com alegria e satisfação...

Enquanto acarinho e beijo seus negros cabelos,
Digo-lhe que ela é minha filha substituta,
- Que Yauanna não saiba -
Pois ficaria brava.

Entretanto é só de brincadeira,
Uma vez que, como eu, compreende,
Que Deus tinha que dividir os presentes.

O interessante é que,
As duas são Cavalcantis – com “i“...
Uma é loira e a outra é morena.

Yauanna tem Cabral
Porém Juliana é Marques
Que me “marca” todo dia
Dando um lindo colorido
À minha vida.

*********

Publicado no Recanto das Letras em 15/09/2009
Código do texto: T1811736

ATÉ O FIM

ATÉ O FIM
De: Ysolda Cabral


Como a música...
Acaricio,
Acalento,
Acalmo,
Faço viver,
Reviver,
Amo e amada sou...

Como a música...
Irrito,
Indigno,
Agonio,
Iro,
Xingo
Nostalgio...

Como a música...
Animo, alegro,
Faço dançar,
Corro o mundo,
Indo fundo...

Como a música...
Sofro e faço sofrer – sem querer.
Às vezes querendo – me arrependo.
Peço perdão, faço um carinho
Em qualquer momento do caminho.

Como a música...
Machuco sem saber - pode crer.
Trago saudade – sem dizer.
E dizendo... Digo que,
A saudade é tanta que me faz morrer.

Enfim, com a música...
Sinto alegria, tristeza e saudade...
E assim, sem saber por quê
E nem pra onde ir,
Eu vou até o fim.

Publicado no Recanto das Letras em 15/09/2009
Código do texto: T1811360

**********
O livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido, ou através do e-mail ysoldacabral@hotmail.com

PS. Leia a resenha, sobre o livro, escrita pelo escritor Lúcio Alves de Barros, abaixo ou em sua página no Recanto das Letras. Link abaixo.

segunda-feira, setembro 14, 2009

LIVRE PARA VIVER E AMAR




LIVRE PARA VIVER E AMAR
De: Ysolda Cabral


Chuva forte que cai dos céus
Santificadas sejam tuas águas
Que elas venham no firme propósito
De levar embora os ignóbeis.

Chuva forte que cai dos céus
Deixe a terra molhada e fértil
Livre da erva daninha humana
Levando os resquícios e os danos.

Chuva forte que cai dos céus
Não permita que pássaro algum fique preso
E mesmo aquele que não sabe voar
Fique no cativeiro de portas abertas
Para o ir e vir se precisar.

Chuva forte chove agora
Lava e leva a tristeza embora
Deixando o coração da gente
Livre para viver e amar.

**********

O livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido, ou através do meu contato aqui no RL.

PS. Leia a resenha, sobre o livro, escrita pelo escritor Lúcio Alves de Barros, em sua respectiva escrivaninha.

http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=30399

**********

Publicado no Recanto das Letras em 14/09/2009
Código do texto: T1809819

domingo, setembro 13, 2009

RESENHA SOBRE O MEU LIVRO - P/ LÚCIO ALVES DE BARROS

Apenas poesia?
Lúcio Alves de Barros*

CABRAL, Isolda. Apenas poesia. Olinda, PE: Livro Rápido, 2009. 148 p (ISBN: 978-85-7716-594-0).

Não é comum autores levarem a cabo resenhas de um livro que reúne poesias. Tal empreitada não deve ser mesmo fácil, até porque, como já se falou um dia: “as palavras são de quem lê” e não pertencem ao autor. Pensando nisso, ou justamente por causa disso, decidi ser teimoso e achei oportuno, obrigatório e necessário escrever sobre o livro de poesias de Isolda Cabral. Trata-se uma obra, cujo nome “Apenas poesia” não revela sua profundidade. A obra é muito mais que isso e reúne as principais poesias dessa mulher, esposa e mãe residente em Recife. Creio que faz parte de um trabalho silencioso o qual há tempos merece ser imortalizado nas páginas de um livro.

A obra de Isolda atinge com força a alma da gente. Já conhecia algumas poesias dela que estavam espalhadas neste vasto mundo virtual. Acompanhando a poetisa de longe, ou de perto, afinal já estamos em um ciberespaço, vejo o quanto é belo o seu espírito. Em meio às suas acertadas palavras, “Lá e o cá” (p. 61) me deparei com “A vida e eu” (p. 71), uma escrita reta, louca (“Parar no ar”, p. 41), arquiteturada e que faz lembrar as condições efêmeras de vida. E como é bom ler o livro. De poesia em poesia vamos nos encantando com as conjunturas e, não raro, nos reconhecendo nelas. “Sem retorno” (p. 44), o leitor começa a leitura e, paulatinamente, deseja não terminar o livro. Uma espécie de angústia invade a alma quando as páginas finais estão chegando. Infelizmente, “Sem contestação” (p. 51): “Querer não é poder” (p. 120).

O interessante é que podemos encontrar a Isolda: sua alma, seu perfil, sua família e, além disso, perceber o carinho que ela tem para com eles registrado nas festas, nos períodos de doença, comemorações dentre tantos momentos que vem marcando essa mulher de muitas faces (“Sem segredos”, p.124; “Valente mulher”; p. 128, “Carnaval por dentro”, p. 122; “Só tristeza”, p. 146; “Estou feliz, p. 148).

Na realidade, é mais que isso. No virar das páginas também encontramos uma mulher otimista, pessimista, realista, espirituosa, guerreira, religiosa, cheia de esperança e medo. “Sempre viva” (p. 73), ela não deixou de nos mostrar sua vulnerabilidade (“Internação é a solução” (p. 77) e, entre linhas, revelou como se encontra a nossa (“Viver na mata”, p. 116). Em cada palavra fui me sentindo por vezes menor, maior, fraco, forte e, não poucas vezes parecia que ia ao chão (“Sonho desfeito”, p. 68), mas depois a força da obra me levantava e me dizia que sou ser humano (“Resto de mim”, p. 134). Com Isolda toquei as barbas de Deus, flertei com as anjas e voltei à terra com muita perseverança (“Sou guerreira”, p. 144). Havia há tempos chamado Isolda de “Pablo Neruda de saia”. Humilde, ela me chamou de menino e asseverou estar longe disso. Todavia, não podemos negar a força de sua capacidade de trabalho e produção. Chega a ser invejável e sempre estou à espera de uma nova poesia , crônica ou conto da Isolda. E como foi bom receber o livro pelo correio. Senti uma certa nostalgia quando o carteiro chegou. Recomendá-lo é pouco. Nele encontrei forças para continuar vivendo, amando e aprendendo. Percebi um pouco o sentido da vida e pensei que Isolda nasceu para brilhar, tal como muitos poetas que estão por aí e que não tiveram a oportunidade de publicar sua poesia, e o seu livro é uma parte desta grande estrela à qual tem um lugar privilegiado em minha singela biblioteca e no canto direito cansado do meu coração.

------------

* Lúcio Alves de Barros é licenciado e bacharel em Ciências Sociais pela UFJF, mestre em Sociologia e doutor em Ciências Humanas: Sociologia e Política pela UFMG. É autor do livro “Fordismo: origens e metamorfoses”. Piracicaba, SP: Ed. UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba), 2004, organizador do livro “Polícia em Movimento”. Belo Horizonte: Ed. ASPRA, 2006, co-autor do livro de poesias, “Das emoções frágeis e efêmeras”. Belo Horizonte: Ed. ASA, 2006 e organizador da obra “Mulher, política e sociedade”. Brumadinho: Ed. ASA, 2009.

Lúcio Alves de Barros
Publicado no Recanto das Letras em 13/09/2009
Código do texto: T1808312


**********

Lúcio,


Estou honrada e agradecida.


Abraços,


Ysolda Cabral

sábado, setembro 12, 2009

NOSSO TRAÇO




NOSSO TRAÇO
De: Ysolda Cabral


Nossas poesias,
Nosso traço.
Vazio no espaço...

Me abraço,
Lhe abraço...
Minha alma é aconchego,
Zelo presente do passado...
Suavemente,
Escuto uma canção...
De ninar.

O acorde,
Na madrugada,
Silenciosa e fria,
Ecoa saudade...


**********

Publicado no Recanto das Letras
em 13/09/2009Código do texto: T1807292

sexta-feira, setembro 11, 2009

AGREDIDA EM SALA DE AULA





AGREDIDA EM SALA DE AULA
De: Ysolda Cabral



Odeio mentira, COVARDIA, prepotência, falsidade, discriminação, injustiça, crítica infundada, julgamento pré-concebido, violência em todos os aspectos.

Creio que por isso desde mocinha pretendia fazer o curso de direito pensando que, talvez, pudesse mudar alguma coisa. Infelizmente, só estou tendo oportunidade de fazer o referido curso agora, do alto dos meus 55 anos, quando não há mais tanto tempo assim. O encanto pelo curso aumenta significativamente e a certeza de que nada poderei fazer para amenizar a vida dos menos favorecidos, discriminados, marginalizados, me desencanta de forma assustadora, mas não me impede de continuar.

A cada dia constato que, ética, respeito, educação, seriedade, HUMANIDADE, BONS PRINCÍPIOS, GENEROSIDADE, COMPREENSÃO, SOLIDARIEDADE, RELIGIOSIDADE e FÉ; ninguém sabe o que é isso.

Continua valendo a força do mais forte, seja no aspecto físico, social, financeiro... O interesse material está acima de qualquer coisa. REINA ABSOLUTO. É o final dos tempos? – Que nada!!! Sempre foi assim, apenas com características diferentes, porém nem piores e nem melhores. O ser humano é um animal estúpido e vaidoso demais na sua grande maioria. Preso a valores destorcidos e, isso, independente de idade. Fico estarrecida com as situações em que me vejo envolvida. Reajo de pura teimosia instintiva.

Outro dia, entre muitas que já levei pela vida a fora, tive que agüentar uma assim: “desconfio muito de pessoas certinhas.” - É mole?!

Pois não é que, para defender um colega de 20 anos, aproximadamente, de estatura pequena e que sofria constrangimento e agressão física, por motivo banal de outro colega, GRANDÃO, “TODO PODEROSO”, DE MAIS DE 50 ANOS DE IDADE E UNS 130 kg, fui, também, agredida fisicamente dentro da sala de aula, enquanto esperávamos o professor chegar!

Pois é!! - E na frente de mais de 40 alunos, que apenas se limitaram a segurá-lo.

O garoto, além de pequeno é meio bobinho, achou de sentar numa cadeira que o “TODO PODEROSO” havia reservado para um dos seus amigos. Pronto, deu-se a desgraça!

E, mesmo o amigo, sem fazer questão pela cadeira reservada, pois diferentemente dele, é um homem educado, generoso, sério e do bem; ele não quis saber e partiu pra cima do garoto com tudo. Levantei-me pedindo que parasse e dizendo a Milton que não saísse da cadeira e o “TODO PODEROSO” de costas para mim, rodou o braço esquerdo com todo o corpo, me jogando na parede, por cima das cadeiras. Por muito pouco não me machuquei seriamente. E o pior é que, apenas algumas pessoas, as quais já foram intimidadas e discriminadas por ele, estão solidárias comigo.

Agora vamos aguardar o que irá acontecer uma vez que, além de agredida fisicamente, fui também ameaçada quando ele falou alto e em bom som, e, na frente de todos, que eu não me “metesse” com ele.

O que fará a justiça e a faculdade, eu não sei. Só sei que, sempre irei me “meter” aonde houver injustiça, discriminação e maldade. Se estarei só?! Com certeza não!!! Deus estará sempre comigo.

quinta-feira, setembro 10, 2009

PESSOAS QUE FAZEM A DIFERENÇA




PESSOAS QUE FAZEM A DIFERENÇA
De: Ysolda Cabral




Ontem resolvi fazer minha volta do trabalho pra casa diferente. Pedi que minha filha levasse meu carro e entrei no primeiro ônibus que passava. PE-15 - Boa Viagem. Para entrar senti dificuldade, pois quando andava de ônibus, a entrada era pela porta detrás e a saída pela da frente. Agora é o contrário.

Entretanto, o motorista percebeu meu atrapalho e pacientemente esperou que eu, enfim, acertasse a entrada. O ônibus estava lotado e apenas uma pequena cadeira, logo na frente, estava vaga. Sem pestanejar sentei e pensei: que sorte a minha!

O sinal abriu e seguimos viagem. Relaxada, considerei se teria sorte de chegar em casa a tempo de tomar um banho e ir pra faculdade - o trânsito do Recife está um verdadeiro caus. De repente, olho para o lado da janela e no meu campo visual entra um azulão meio estranho. Foco o olhar naquele ponto, junto a meu assento e leio: “reservado para deficientes, idosos e gestantes”. Como não me encaixava em nenhum dos três, fiquei muito envergonhada e imediatamente me levantei pedindo desculpas ao motorista e me dirigi para a parte detrás do ônibus. Ele então, muito gentilmente, me disse para voltar a sentar onde estava, e, caso fosse necessário, eu procuraria outro assento.

Pronto! Foi mais que suficiente para que eu detivesse toda a minha atenção no motorista. Esqueci-me do trânsito, de tentar me distrair, vendo outras pessoas, a vida que ali estava e que pela janela passava.

Sempre tive uma péssima impressão dos motoristas de ônibus de linha urbana. Apressados, estressados, mal educados... Bom, aquele era diferente. Educado, boa aparência, uns 45 anos aproximadamente, e, um excelente profissional. Não dava “freio de arrumação” e nem desacelerava sem necessidade deixando os passageiros enjoados. Sua meia-embreagem não era “dançante” e sua educação, com todos os passageiros, era algo mesmo extraordinário. – Eu nunca tinha visto nada igual. Queria ver como ele se comportaria na Av. Eng. Domingos Ferreira. Seria a prova de fogo.

Mal chegamos nos deparamos com um engarrafamento daqueles. Ele, do nada, olhou para mim e falou: “essa é a pior e mais perigosa Avenida do Recife e, isso a qualquer hora do dia ou da noite. Seja no item trânsito, droga, prostituição... Todas as vezes que chego aqui, penso em minha aposentadoria."

E enquanto estávamos ali parados, ele me contou que já foi assaltado várias vezes e numa delas foi baleado; teve um revolver na cabeça por tempo significativo e se não fosse sua fé em Deus e o amor a sua família, viveria a base de remédios.

Seu nome: JOSÉ CLÁUDIO GOMES, casado, pai de dois filhos menores, esposo fiel e dedicado. Sua esposa: outra batalhadora! É gerente de padaria. Seu sonho: se aposentar e ir morar em sua casinha em Gravatá com a família, e, finalmente, ter tempo para ela.

Sua tristeza maior: sua linda e saudável sogra não ficar com seus dois filhos enquanto ele e a esposa trabalham, os obrigando a deixá-los na casa de uma pessoa estranha. – Que mulher mais boba, meu Deus!!!

Enfim, o trânsito andou e eu fiquei a refletir sobre tudo o que havia sido me dito, em forma de desabafo. Minha parada chegou e antes de descer, fiz questão de apertar a mão do Sr. José Cláudio – um homem de bem e um profissional sério e competente, fazendo votos de que seu sonho se realize o quanto antes.

Gosto muito de conhecer pessoas que fazem a diferença.

**********

O livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido, ou através do e-mail ysoldacabral@hotmail.com.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 09/09/2009
Código do texto: T1800597

terça-feira, setembro 08, 2009

DESERTO DA DOR




DESERTO DA DOR
De: Ysolda Cabral


O empenho do jardineiro
Não é mais regar o jardim
Para que ele floresça
É para que seu amor
Pelas plantas desapareça

Obstinadamente vai em frente
Cada dia regando menos
Perseguindo o seu objetivo
Com determinação solene

O foco de sua meta ninguém lhe tira
Pode até sofrer danadamente
Mas nega com indiferença e se isenta

E nessa isenção segue
Sem se preocupar
Que o amor que tenta matar
Poderá se revoltar

Fazendo de sua vida
Um jardim sem flor
Sem perfume e sem poesia
Um verdadeiro deserto
De arrependimento e dor...
**********
O livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido
ou através do e-mail ysoldacabral@hotmail.com

segunda-feira, setembro 07, 2009

SOL IMPLICANTE




SOL IMPLICANTE
De: Ysolda Cabral


Caminhando saí para almoçar.
Sol quente e a Lua no Céu,
Em pleno meio dia, a se encarar.

Será que discutiam,
Por alguma razão?

Lembrou-me o tempo de menina,
No balanço a balançar,
Esperando que das nuvens,
Viesse o Deus-Menino,
Para comigo brincar...

Será que a discussão,
Do Sol e da Lua, que hoje vi,
Teria a mesma motivação?!...

Talvez a Lua, como toda mãe,
Quisesse fazer a vontade,
De alguma boba menina,
Que não estivesse a caminhar...

E o Sol...
Por pura implicância e teimosia,
Sem dó, nem compaixão...
Dizia não.

**********

O livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido ou através do meu contato aqui no RL.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 07/09/2009
Código do texto: T1797056

domingo, setembro 06, 2009

MAR DE SOLIDÃO




MAR DE SOLIDÃO
De: Ysolda Cabral


Tentando esquecer você
Joguei fora suas cartas
Todos os seus retratos
Suas falhas em retalhos

Pensei mil vezes
Fiz milhões de tentativas
Implorei por seu amor
Em todas as vitrines

Lancei mão de poemas
Fecundados na alma
Crescidos no coração
Só pra chamar sua atenção

E você o que fez?
Avisou-me que ia embora
Partiu deixando apenas saudades
E um mar de solidão.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 06/09/2009
Código do texto: T1796058

TÚNICA BRANCA

Foto: Yauanna Cabral Cavalcanti

TÚNICA BRANCA
De: Ysolda Cabral


Eu em minha túnica branca,
Sozinha mais que nunca a beira mar,
A sonhar, a refletir e a divagar...

Entre dormindo e acordada,
Sinto um Vento suave a me envolver,
Sussurrando belas e meigas palavras...

Palavras de amor e de saudade,
De um tempo que já passou,
Mas que insisto em trazer comigo,
Para todos os lugares que vou...

Bem quieta, pensativa e séria,
Reflito que a Vida é mesmo muito bela,
Mesmo com suas tramas e dramas...

- Será que seria algo sem Ela?!...

Decido então me deixar envolver,
Por suas deliciosas artimanhas,
Fazendo delas motivo pra viver.

Assim... Entre “ser ou não ser”...
Sei que hoje sou: APENAS YSOLDA.

Amanhã? – Quem vai saber?!...

**********

Publicado no Recanto das Letras em 06/09/2009
Código do texto: T1795046

**********

Livro " Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido, ou através do meu e-mail ysoldacabral@hotmail.com

quinta-feira, setembro 03, 2009

DÉBIL ANDOR




DÉBIO ANDOR
De: Ysolda Cabral


Insônia tinha Sonia...

Morria o sonho em Regina...

Vivia consumida a Sofia...
Que ao amor resistia
Sofria por que queria...

Em Luzia não existe a dor...

Que havia na Maria...
Que vivia e morria
Dia e noite e noite dia
Como a flor do meio dia
Num débil e frágil andor...


**********

Publicado no Recanto das Letras em 03/09/2009
Código do texto: T1789915

**********

Livro "Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápido
ou através do meu contato aqui do RL.

terça-feira, setembro 01, 2009

SANTUÁRIO




SANTUÁRIO
De: Ysolda Cabral


O santuário foi violado
Fato imperdoável
Invasão de fato
Quem será imputável?

Não há penitência
Não há sermão
Que traga o perdão

O mal é irremediável
A perda é incontestável
O sentimento é recolhido
A um santuário desconhecido

Para ser guardado
Em local protegido
Para não ser mais violado
E finalmente esquecido.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 01/09/2009
Código do texto: T1787481


Livro "Apenas Poesia" à disposição no site da Editora Livro Rápidoou através do e-mail: ysoldacabral@hotmail.com


PRECISA-SE DE UM AMIGO - DUETO



PRECISA-SE DE UM AMIGO
De: Ysolda Cabral / Cyla Dalma


Para se dar boa noite,
Precisa-se de um amigo.
Para chamar o sono,
Precisa-se de um amigo.
Para dormir sorrindo,
Precisa-se de um amigo.
Para acordar cedinho,
Precisa-se de um amigo.
Para se desejar bom dia,
Precisa-se de um amigo.
Para dividir o dia,
Precisa-se de um amigo.
Para regar o jardim,
Preciso de você AQUI.

Ysolda Cabral


**********

Boa-noite...
Sussurra o amigo
Chega sono... Vem sono...
Canta baixinho o amigo
Dorme... Adormece...
Cochicha sorrindo o amigo
Acorda... Desperta...
Cantarola baixinho o amigo
Bom-dia... Lindo dia...
Saúda alegre o amigo
Esse dia é nosso
Compartilha o amigo
Vamos regar o jardim
Seja longe...
Seja perto...
Seja AQUI
Sempre juntos...

Cyla Dalma

**********


Mesmo juntos...
Às vezes o jardim fica:
Colorido,
Sem cor...
Florido,
Sem perfume,
Sem Condor...
Quando iluminado,
Pela luz de um bom dia,
Fica lindo e perfumado...
Realçado pelo orvalho,
Onde o Sol, contente
E deslumbrado,
Sacia sua sede,
Levando embora a tristeza,
Deixando carinhos por AQUI!
Ysolda Cabral