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quinta-feira, julho 12, 2007

JARRO SEM FLOR






Jarro sem Flor
De: Ysolda Cabral

Ando tão triste comigo mesma,
Que nem percebo o tempo passar.
Ele passa tão rápido,
Deixando em mim sua marca,
Só para se mostrar.

Tempo mostrado...
É mesmo tempo temperado,
De passado marcado,
Por momentos vagos,
Não muito claros,
Que nos deixa vazios,
Como um jarro sem flor.
- Nossa que horror!

O tempo não pára,
Não perdoa,
E nem consola.
Apenas ameniza,
Uma ou outra dor.

Penso que sou sua dona,
Mesmo sabendo que não sou.
Resolvo então lutar,
Não me entregando,
A sua força e vontade,
Só para me consolar.

E me consolando,
Vivo a viver e a penar.
E deste jeito,
Não vale a pena sonhar.
Mas o surpreendente é que sonho,
Pois não consigo parar.


O tempo pode deixar,
Em mim suas marcas...
Mas, os meus sonhos,
Ele jamais marcará!