Jarro sem Flor
De: Ysolda Cabral
Ando tão triste comigo mesma,
Que nem percebo o tempo passar.
Ele passa tão rápido,
Deixando em mim sua marca,
Só para se mostrar.
Tempo mostrado...
É mesmo tempo temperado,
De passado marcado,
Por momentos vagos,
Não muito claros,
Que nos deixa vazios,
Como um jarro sem flor.
- Nossa que horror!
O tempo não pára,
Não perdoa,
E nem consola.
Apenas ameniza,
Uma ou outra dor.
Penso que sou sua dona,
Mesmo sabendo que não sou.
Resolvo então lutar,
Não me entregando,
A sua força e vontade,
Só para me consolar.
E me consolando,
Vivo a viver e a penar.
E deste jeito,
Não vale a pena sonhar.
Mas o surpreendente é que sonho,
Pois não consigo parar.
O tempo pode deixar,
Em mim suas marcas...
Mas, os meus sonhos,
Ele jamais marcará!
Mas, os meus sonhos,
Ele jamais marcará!