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terça-feira, dezembro 18, 2007

FLOR DE CACTO




FLOR DE CACTO
DE: YSOLDA CABRAL


Hoje não vou chorar
E nem de coisa alguma
Vou reclamar.

Hoje estarei irreconhecível...
Mandarei toda tristeza embora.
Vou é passear
E esquecer completamente,
Tudo que for sofrível
Frio ou quente.

Hoje será um dia diferente.
Não serei nem gente!
Ser gente é muito chato
E de gente chata,
Eu não mais agüento!

Serei qualquer coisa:
Um pássaro?
- Não!
Serei uma flor de cacto!
E, se tocar em mim,
Disparo com o vento.
Neste momento, então;
Serei pássaro!

Que ninguém tente
Entender, argüir,
Pedir, sorrir,
Fugir ou fingir...
Afinal, eu hoje,
Não estou nem aí!