SÓ ARDOR
PROMETI PARA UMA AMIGA,
COMPOR UMA POESIA.
NÃO UMA POESIA QUALQUER.
UMA POESIA BEM PICANTE,
DAQUELAS DE ARREPIAR,
DE DEIXAR ÁGUA NA BOCA,
OU PRECISANDO DELA...
QUE DEIXASSE LÁGRIMAS NOS OLHOS,
E MUITA VONTADE DE CORRER MUNDO A FORA,
PENSANDO ATÉ QUE IRIA MORRER.
FOI QUANDO LEMBREI DE UMA OCASIÃO,
QUE TUDO ISTO ME ACONTECEU.
DEIXANDO-ME ALUCINADA,
SEM RUMO, SEM PRUMO,
SEM SABER PARA ONDE IR,
E NEM MUITO MENOS O QUE FAZER...
TUDO ACONTECEU NA BAHIA.
E A BAHIA TEM ENCANTOS,
CHEIOS DE MÁGIA,
QUE LHE CONTAGIA,
E SE VOCÊ NÃO TIVER,
MUITO CUIDADO,
PODE ATÉ SOFRER,
FULMINANTE CARDIOPATIA...
POIS NÃO É QUE,
NA LAGOA DO ABAETÉ,
CAI NA ASNEIRA DE PEDIR,
A UMA LINDA BAHIANA,
UM ACARAJÉ BEM CAPRICHADO!
ELA OLHOU-ME FACEIRA, TODA COQUETE...
E MUITO MATREIRA PERGUNTOU:
QUENTE OU FRIO?
E EU NA MINHA VIRGINAL INOCÊNCIA,
DAS COISAS DA BAHIA DE TODOS OS SANTOS...
E NELES CONFIANDO,
RESPONDI-LHE PRONTAMENTE:
EU QUERO É BEM QUENTE!
ELA RINDO ME RESPONDEU:
É PRÁ JÁ E VÊ SE AGUENTA,
PERNAMBUCANA RETADA!
AH! BAHIANA DANADA!