TARDES DE DOMINGO
O AZUL SEMPRE ME LEMBRA O CÉU.
NÃO É QUALQUER CÉU!!
É O CÉU DO LUGAR DE ONDE VIM...
LÁ, EM TARDES QUENTES DE VERÃO,
DEITAVA NO QUINTAL DE CASA,
E FICAVA A OLHAR OS BELOS QUADROS,
DA MAIS PURA E BELA ARTE,
QUE COMO MÁGICA,
FICAVAM A SE FORMAR,
NUM CÉU AZUL QUASE ANIL...
CÁ DE BAIXO EU IMAGINAVA,
O PORQUÊ DO PINTOR,
QUE NÃO SE VIA A OLHO NU,
SER TÃO INDECISO NAS ESCOLHAS,
DE SEUS BELOS QUADROS.
MAL TERMINAVA UM,
JÁ SE NOTAVA OUTRO,
EM SEU LUGAR...
CONSEGUIA PINTAR VÁRIAS TELAS,
QUE SE TRANSFORMAVAM NUM PISCAR.
APENAS COM UMA COR DE TINTA QUE IA BUSCAR,
NAS BRANCAS E IMACULADAS NUVENS,
QUE LHE SERVIAM DE MATÉRIA PRIMA,
PARA NOS PRESENTEAR,
NAS TARDES DE DOMINGO,
COM VERDADEIRAS OBRAS-PRIMAS!
LOGO ANOITECIA...
E O PINTOR IA DEITAR.
ERA DIFÍCIL PARA MIM,
DALI LEVANTAR.
POIS OS RESPINGOS DE SUA TINTA,
QUE CHAMAMOS DE ESTRELAS,
LÁ FICAVAM A BRILHAR...
EU QUERIA TANTO QUE UMA CAÍSSE...
PARA QUE EU PUDESSE PEGAR!
E COMO ISTO NÃO ACONTECIA,
FICAVA ALI A SONHAR.
HOJE TENHO DUAS LINDAS ESTRELAS,
NOS OLHOS DE MINHA FILHA
QUE SEMPRE ESTÃO A BRILHAR.