SONETO EM HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS
No dia dos pais, uma homenagem ao meu - Alírio - com um soneto do pai dele. Meu avô, meu ídolo, meu amigo, meu fã, meu admirador mais fiel.
Infelizmente, já não está entre nós.
Se foi em 25 de setembro de 1976, aos 76 anos.
Obs.: A escolha do soneto, me ative ao gosto de papai.
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MEU EPITÁFIO
DE: FIRMINO FILHO
Aqui descansa deste mundo ingrato
um poeta qualquer, um vagabundo...
que aos outros tinha ódio profundo,
embora fosse um eterno caricato.
Mas afinal morreu; morreu de fato.
Foi desgraçado, miserável, imundo;
do vicio torpe e vil foi oriundo,
e por aqui começa o seu retrato:
Não teve luz na vida e nenhum brilho;
entre canalhas foi também canalha
e enganou a gregos e troianos;
Nasceu, viveu, morreu fazendo planos...
e através ás cinzas da mortalha
ainda pensa ser – FIRMINO FILHO -.
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Observo que, ele não era nada disso! Era pura poesia, sentimento e a humildade personificada. Não tinha nem coragem de repreender um filho “cara-a-cara”! Só fez isso por mim uma vez, quando mamãe lhe contou que papai havia me dado umas palmadas. - Ele repreendia os filhos por carta!!
- Seu vício: fumar debaixo do cobertor. (Rsrs)
Então é isso: a todos os pais, um dia feliz!
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Ysolda Cabral
Publicado no Recanto das Letras em 09/08/2009
Código do texto: T1744764
Ysolda Cabral
Publicado no Recanto das Letras em 09/08/2009
Código do texto: T1744764
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