De: Ysolda Cabral
Sonetos sempre me encantaram de uma maneira extraordinária. Entretanto, nunca me atrevi a arriscar uma composição dessa envergadura. Considero o soneto uma das mais difíceis modalidades da poesia. Entretanto, de um tempo pra cá, tenho arriscado qualquer coisa nesse sentido, porém na classificação, por ocasião de sua publicação, acho mais prudente optar por poesia/pensamento.
Meu avô era um “mestre” nos sonetos e em quase tudo que se propunha a fazer. Conseguia até fumar debaixo do cobertor! Mamãe dizia “Seu Firmino, o senhor vai terminar morrendo queimado e ele no embalo da rima, respondia:” Ô Dilça, assim mato dois coelhos de uma cajadada só. Morro e não sou enterrado; viro cinzas de fato, e, você há de convir que é melhor do quê morrer de uma morte qualquer e ser enterrado. - Com vovô ninguém podia!
No Recanto das Letras tem gente muito boa nessa modalidade da poesia. Um em especial sempre me chamou a atenção: o Puetalóide, uma vez que ele consegue compor obedecendo rigorosamente todas as regras, porém compondo com uma beleza magnífica independente do tema escolhido. E para quem não sabe, no soneto, obedecer às regras é a coisa mais importante.
No seu último soneto, intitulado “Sonetinho”, publicado em 01/08/2009, fiz uma brincadeira em forma de "poesia/pensamento", como uma espécie de consolação à desilusão ali contida e não é que o maluco publicou! – Vide abaixo.
- Ah! Meu amigo, odeio você!
Ao poeta, a minha mais profunda gratidão, o parabenizando pela genialidade e generosidade em dividir sua obra de arte com meu mero e insignificante artesanato.
E, como o maravilhoso e também competente poeta Jacó Filho diz: “ que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...”
Publicado no Recanto das Letras em 03/08/2009
Código do texto: T1735199
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