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quinta-feira, agosto 21, 2008

SENTINDO A FALTA DE CECÍLIA





SENTINDO FALTA DE CECÍLIA
De: Ysolda Cabral



Cecília é a colega de trabalho e a “caroneira” mais “folgada” (sentido de espaçosa messsmo) que já conheci em toda minha vida. Pense numa mocinha complicada!!!! Contudo, é engraçada, espirituosa e nos faz rir muito durante a tarde, isto quando está de bom humor. Quando não está, agüente o “ fungado” dela!! Ô rinite insuportável!!! E, tudo coisa da cabeça dela.

Outro dia lhe disse: pára com isso Cecília, você nem está gripada! Que coisa chata!!! Ela espiou para mim, com uma cara de poucos amigos e falou: “oxe Ysoldinha, é a poeira desses processos que tenho que analisar...” - Analisar, ela sempre usa essa palavra e outras pessoas também em nossa divisão, eu acho o máximo! Já disse à minha chefe para me dar algo para também “analisar”. Infelizmente ainda não cheguei nesse patamar de competência. Mas, enfim, um dia quem sabe... Se não for com analista, ta valendo!!!

Outro dia foi ao médico e voltou decepcionadíssima dizendo que nunca mais ia a médico algum. Perguntamos a razão e ela respondeu: “ele me perguntou o que eu tinha!!!! Ora, eu fui lá para ele me dizer o que eu tinha... O médico não é ele?!!!!!! – Coisas de Cecília...
Como “caroneira”, já me deu vontade de lhe torcer o pescoço, até agora ela deu sorte (Rsrs). Sempre me faz esperar, mesmo sabendo que a paciência não é uma de minhas virtudes. E o que é pior; vem arengando com os motoristas barbeiros como se fosse ela a condutora do veículo. Xinga, diz palavrões, fica às vezes sem fôlego de tanta raiva. – Eu posso com uma coisa dessas?!
No trânsito sou tranqüila, mas ela se exaspera e aí eu me divirto e esqueço tudo o resto e fico até torcendo para aparecer mais “barbeiro”, quem sabe não aprende com ela?
Outro dia quase arranjou uma confusão danada com as “garotas de vida difícil” que trabalham numa avenida localizada a uns 200m de sua residência. Eu a deixava nessa avenida pensando que ela fosse direto para casa. Ledo engano! – Ela ficava na calçada, esperando o irmão vir lhe buscar por medo de assaltos. O fato é que, as "trabalhadoras" do local começaram a achar que estavam sendo vítimas de uma discreta concorrência. A coisa só não pegou, porque mais que depressa passei a lhe deixar praticamente na porta de casa. Ah! Cecília é mesmo extraordinária!
Agora, que está realmente doente e de licença médica, sinto falta de sua companhia apesar de que da última vez que veio comigo, me fez esperar tanto que eu quase fui embora sem ela. Até já fiz isso uma vez e não adiantou de nada.
Ah! Minha amiga querida, volte logo. Entretanto, se me fizer esperar novamente, cuidado: poderá voltar ligeiro para o hospital! Sou tão boazinha...