QUE COISA!
De: Ysolda Cabral
O vento agita as folhas do jardim
O sol é forte e o dia parece não ter fim
A claridade é tanta que encandeia
E eu fico a pensar no que me rodeia
Tudo parece igual
E estranho ao mesmo tempo
Fixo o olhar da mente para fotografar
O significado do que estou vendo
E me apavoro sem me conformar
Afinal hoje não quero ser gente
Quero ser flor...
Mas ela também sente dor
Quando sem piedade
É arrancada do seu habitat
Então serei pássaro
E sairei por aí sem destino certo
Voando pelo prazer de voar
Mas posso cair e me machucar
Acho que vou ser peixe no mar
Mas também não vai prestar
Sempre tem um maior
E com certeza me destruirá
Ah, que coisa medonha
Não tem mesmo jeito
Só consigo ser Ysolda
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PS. Se adoro escrever como posso parar?