CONVITE AO ROUBO
De: Ysolda Cabral
O cansaço me abate,
Flutuo no vazio do nada...
Não sinto, não respiro
E não penso - até que tento -
É que a espera mata.
Por que não me assalta o ESQUECIMENTO
E me rouba sem se preocupar?
Nem fizeram o meu tombamento!
Não há perigo em me roubar.
Não se faça de rogado,
Venha e sinta-se a vontade!
Pode pegar o que quiser
De: Ysolda Cabral
O cansaço me abate,
Flutuo no vazio do nada...
Não sinto, não respiro
E não penso - até que tento -
É que a espera mata.
Por que não me assalta o ESQUECIMENTO
E me rouba sem se preocupar?
Nem fizeram o meu tombamento!
Não há perigo em me roubar.
Não se faça de rogado,
Venha e sinta-se a vontade!
Pode pegar o que quiser
E levar sem questionar...
Só não deixe a tristeza e a saudade...
Essas nem precisa roubar!
Dou-lhe de muito boa vontade...
E se for um larápio competente,
Leve, por favor, de mim todo o AMOR...
Posto que ele me faz sonhar diariamente
E pensar que vivi a vida inteira inutilmente...
- Ah! E então?...
Vai ou não me roubar?
Só não deixe a tristeza e a saudade...
Essas nem precisa roubar!
Dou-lhe de muito boa vontade...
E se for um larápio competente,
Leve, por favor, de mim todo o AMOR...
Posto que ele me faz sonhar diariamente
E pensar que vivi a vida inteira inutilmente...
- Ah! E então?...
Vai ou não me roubar?
**********
Publicada tb no Recanto das Letras.