FINAL DA TARDE
O sol se foi e se escondeu no interminável
Deixando uma luminosidade clara e brilhante
Que aos poucos muda para o encarnado de sangue
Os pássaros já cruzaram o céu
Foram se acomodar nos seus ninhos
Com medo da escuridão dos caminhos
A vegetação inverteu a energia cósmica
E ao contrário da manhã
Recolheu-a das folhas às suas raízes
Por puro afã perdendo suas diretrizes
O sombrio sorriu satisfeito
Ao tomar conhecimento
E à luz deu adeus zombeteiro
Perdido no longe - perto
O pio da coruja sobre o vale
É assustador
Pois trás o aviso da morte
E é assim que é lançada a sorte...
Cyla Dalma
Ah! Meu amigo,
O sol se foi é verdade
E o encarnado de sangue
Misturou-se ao clarão da lua
Que toda pura
Clareia a noite escura
Os pássaros, não por medo,
Mas por amor se recolheram aos ninhos
Para protegerem dos terríveis
Predadores os filhotinhos
Quanto à vegetação, eu não sei,
Só entendo de minha hortelã
Posto que na noite escura
Ela me tira do pesadelo
E afugenta as corujas
E é assim que o sombrio logo se desfaz
Com o clarão da lua
E os primeiros raios de sol
Anunciando um novo dia
Trazendo para todos nós
Um pouco mais de esperança e alegria
Ysolda Cabral
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