EU AMAVA VOCÊ
De: Ysolda Cabral
Não lembro o que conversávamos,
Nem o que escrevíamos,
As correspondências eram regulares.
Tínhamos tanto a dizer um ao outro!
De repente tudo mudou.
Crescemos...
Seria esta a justificativa?
Partindo do princípio que,
“Pouco importa ou tanto faz...”
Porque quando escrevias,
Eu ficava com a sensação do nunca mais?
No início um simples “oi”
Que acariciava, me embalava, completava,
E me deixava num êxtase sem igual...
No final quase escondido,
Por timidez, ou, talvez,
Pela falta da possibilidade de...
Um “amo você”
Fazendo-me querer algo mais para ler...
Para ler... Apenas... Para ler...
Não lembro o que conversávamos,
Nem o que escrevíamos,
As correspondências eram regulares.
Tínhamos tanto a dizer um ao outro!
De repente tudo mudou.
Crescemos...
Seria esta a justificativa?
Partindo do princípio que,
“Pouco importa ou tanto faz...”
Porque quando escrevias,
Eu ficava com a sensação do nunca mais?
No início um simples “oi”
Que acariciava, me embalava, completava,
E me deixava num êxtase sem igual...
No final quase escondido,
Por timidez, ou, talvez,
Pela falta da possibilidade de...
Um “amo você”
Fazendo-me querer algo mais para ler...
Para ler... Apenas... Para ler...
Controlar a emoção era o que você dizia ser preciso.
Como você sempre foi o mais sábio de nós dois,
Eu respeitava acatando em silêncio sua decisão.
E ficava sem saber o que fazer do meu amor,
Da minha saudade e da minha infinita frustração.
Mas, enfim... Crescemos!
Ou não?
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Publicado no Recanto das Letras em 09/07/2009
Código do texto: T1691337