EU E O VENTO
De: Ysolda Cabral
Alguém pode me ajudar?
Alguém pode me escutar?
Alguém pode me dizer o que há?
Há no ar algo de misterioso e sério.
Não é tempo de brincar,
Nem muito menos arriscar.
- Psiu! Silêncio!
O dia passou indolente,
A noite chegou indiferente,
Não há estrela e nem luar.
E, o vento sempre num lamento,
Querendo uma história me contar.
Não quero saber e ele insiste,
Persiste e não desiste.
Como se dissesse:
Ah, você vai me escutar!
E começa a sussurrar,
Que está cansado de ventar
Ao ermo e sem direção.
Por vezes causando estragos,
Por vezes não.
Pergunta-me de onde vem,
Para onde vai,
E se for para voltar,
Qual seria seu lugar?
Sentindo sua solidão e seu desespero,
Resolvo lhe ajudar:
Abro mais minha janela,
E o convido a entrar.
Sensibilizado e surpreso,
Não se faz de rogado e resolve aceitar.
E, em agradecimento ao meu aconchego,
Ele me traz de presente o cheiro do mar.
De: Ysolda Cabral
Alguém pode me ajudar?
Alguém pode me escutar?
Alguém pode me dizer o que há?
Há no ar algo de misterioso e sério.
Não é tempo de brincar,
Nem muito menos arriscar.
- Psiu! Silêncio!
O dia passou indolente,
A noite chegou indiferente,
Não há estrela e nem luar.
E, o vento sempre num lamento,
Querendo uma história me contar.
Não quero saber e ele insiste,
Persiste e não desiste.
Como se dissesse:
Ah, você vai me escutar!
E começa a sussurrar,
Que está cansado de ventar
Ao ermo e sem direção.
Por vezes causando estragos,
Por vezes não.
Pergunta-me de onde vem,
Para onde vai,
E se for para voltar,
Qual seria seu lugar?
Sentindo sua solidão e seu desespero,
Resolvo lhe ajudar:
Abro mais minha janela,
E o convido a entrar.
Sensibilizado e surpreso,
Não se faz de rogado e resolve aceitar.
E, em agradecimento ao meu aconchego,
Ele me traz de presente o cheiro do mar.
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Publicada também no Recanto das Letras