BATOM CARMIM
De: Ysolda Cabral
Sou mesmo alienada,
Não sei mesmo é de nada,
Nem sei quem sou.
Mesmo assim aqui estou!
Sou da Terra,
Ou extraterrestre comigo em guerra?
De qualquer forma,
Sou mesmo um nó...
Ato e desato.
Coisa difícil,
Eis que sou pó!
Não de estrela,
Realçado por batom carmim,
Blush e sombra verde reluzente...
Sou mesmo é pó de serra,
Que tem cheiro bom!
E, se misturado com água,
Viro estátua com alma.
Se o vento soprar,
Espalho-me a lhe procurar.
E, quando encontrar,
Grudarei em você,
Para nunca mais largar
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Publicado no Recanto das Letras em 03/12/2008Código do texto: T1316832